Seja muito Bem Vindo!

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sábado, 23 de abril de 2011

Entenda Ventriculostomia e Derivação

Não temos uma unica opção para tratar a hidrocefalia. Acredite, nem todos os neurologistas sabem disso! Isso me deixou em panico!
Quando começamos a tentar entender o que Rafaela precisava, antes mesmo de seu nascimento, só ouviamos falar de Derivação, Derivação... mas na verdade existem outras opções, variaveis a cada caso de Hidrocefalia e pra Rafa, a mais indicada foi o terceiro-ventriculostomia.
O Dr Luiz Otavio Maddalozzo tem realizado esta cirugia com muita frequencia e tem tido muito sucesso!
Ainda bem que chegamos até ele (um dos inumeros Anjos que Deus colocou em nossas vidas!), nos judando a evitar mais e mais dificuldades no decorrer do desenvolvimento da Rafa, que teriamos com as eventuais trocas de valvulas.
Claro, como seres humanos, sempre queremos muitas opniões, queremos ser aprovados em nossas decisões e saimos realizando consultas e mais consultas com neuros e conhecedores da medicina (e opinadores da medicina!hehhe) que nao sabiam o que se tratava a tal ventriculostomia... Jesus! E agora?
E a tal membrana que teriamos que adquirir pra cirugia? Até hoje nao sei como se chama!
Entregamos! Entregamos nossa filha nas mãos de Deus e da Sua escolha! E mais, Ele fez!


"O tratamento invariavelmente depende do distúrbio subjacente causador da hidrocefalia e pode ser clínico ou cirúrgico.

O tratamento clínico só é realmente eficaz nos casos leves onde a causa pode ser removida sem terapêutica cirúrgica. A acetazolamida, droga inibidora da anidrase carbônica, é indicada no tratamento de hidrocefalias lentamente progressivas, entretanto, a utilização desse medicamento pode causar efeitos colaterais como vômitos, diarréia e acidose metabólica. A furosemida diminui a formação do LCR. É um inibidor potente da reabsorção tubular distal de sais e água, que atua ao nível da alça de Henle e apresenta mecanismo de ação independente do papel exercido pela anidrase carbônica.

O principal procedimento cirúrgico para a resolução da hidrocefalia é a derivação extracraniana. Entre as inúmeras técnicas de derivações extracranianas as mais comuns são as derivações ventrículo-atriais, ventrículo-pleurais e lombo-peritoniais, mas particularmente, a derivação ventrículo-peritonial. Essas técnicas utilizam-se do auxílio de um shunt e de uma válvula unidirecional entre o ventrículo lateral e uma outra cavidade do corpo (átrio, peritônio, pleura) que permitem a drenagem do LCR. A derivação controla a pressão dos ventrículos, drenando o líquor em excesso, sendo este reabsorvido na corrente sanguínea, evitando assim, que o quadro se agrave. Os sintomas causados pela pressão elevada habitualmente melhoram. Entretanto, o dano ao tecido cerebral permanece.

Para a maioria dos pacientes com hidrocefalia infantil, uma única operação não é suficiente, sendo necessárias múltiplas revisões para acomodar o crescimento. Em bebês a termo, um shunt implantado no período neonatal necessitará de pelo menos uma revisão antes do desenvolvimento completo da criança. Já nos bebês prematuros, o número de revisões é maior, sendo necessário o alongamento do shunt original no primeiro ano de vida. Além das derivações para o LCR, foram realizados esforços para colocar um tubo no aqueduto, por meio de neuroendoscopia, para reduzir a produção de LCR, com a cauterização do plexo coróide.

O uso de neuroendoscopia (terceiro ventriculostomia) para abrir uma janela no terceiro ventrículo, para desviar do aqueduto, terceira ventriculostomia, obteve sucesso, evitando as derivações extracranianas em determinadas crianças. Essa técnica pode ser aplicada para fazer janelas entre os ventrículos ou em paredes císticas, por meio do septo prelúcido, o que é positivo se houver fluxo desigual de LCR entre os ventrículos laterais. Essa técnica é uma maneira interessante para evitar derivações a longo prazo, mas é efetiva apenas se o sistema ventricular estiver bastante dilatado na ocasião.

Outro método utilizado para tratamento cirúrgico consiste nas derivações intracranianas, que está indicado para hidrocefalias não comunicantes. Consiste na realização de fístulas entre o espaço subaracnóideo e o sistema ventricular.

O sucesso do tratamento da criança com hidrocefalia advém da prevenção da patologia, do reconhecimento precoce, como também das possíveis complicações que os materiais e métodos utilizados podem causar. As infecções são as mais freqüentes complicações do manejo cirúrgico, entre as inúmeras outras existentes, principalmente aquelas causadas pelo Staphylococcus epidermidis. A infecção apresenta manifestações como ventriculite, meningite, sépsis, bacteremia crônica, peritonite, tromboflebite e outras. As causas mecânicas do funcionamento inadequado das derivações são também sérias e com freqüentes complicações, pois levam a alterações hidrodinâmicas de LCR, acarretando mortes súbitas por hipertensão intracraniana. As manifestações clínicas variam, sendo comum a hipertensão intracraniana, decorrente da obstrução do sistema de derivação.

É muito freqüente a utilização do termo shunt-dependência, que significa uma condição de esgotamento dos mecanismos de absorção do líquor. Em contrapartida, às causas obstrutivas, ocorre a drenagem excessiva de LCR, que resulta do efeito sifão ocasionado por posturas diferent
es dos pacientes, gerando um colapso ventricular e ao desenvolvimento de hematomas intracranianos. Podem ocorrer outras complicações de natureza variada como fístulas liquóricas, desconexão e rotura do sistema de derivação, extrusão do cateter pela pele, perfurações de vísceras, ascite, cistos intra-abdominais e craniostenoses. "
*fonte:http://www.fisioneuro.com.br/ver_pesquisa.php?id=11


;)

2 comentários:

  1. Boa noite!!! Meu nome é Rosangela, tenho uma filha com cancer no cerebro e por causa do mesmo causou hidrocefalia, já ouve dois procedimentos a venticulostomia e valvula e os ventriculos continuam dilatados, tem alguma dica??? Meu face é Rosangela gomes... super obrigado.

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    1. Olá Rosêngela, meu nome é Paula. Tenho hidro desde os 2 meses de idade e hoje tenho 30 anos. Também passei pelos dois procedimentos, tanto a derivação quanto a terceiroventriculostomia. E além da experiência pessoal ( que é bastante vasta, várias desobstruções... tenho a profissional - sou fisioterapeuta de formação) procura um bom profissional neurocirurgião pois é natural que que o sistema ventricular seja um pouco mais dilatado em quem é portador de hidrocefalia, então só um bom profissional para lhe orientar adequadamente sobre como proceder.

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